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“Meu vínculo com a universidade é eterno”, diz egressa Luana Ribeiro

Em 13/04/21 09:31.

Atualmente secretária executiva da Secretaria de Saúde de Goiânia, ela atua no combate à pandemia sem esquecer do seu orgulho e gratidão à UFG

No dia 17 de janeiro de 2020, em uma das últimas cerimônias de colação de grau realizadas pela UFG antes da pandemia de covid-19, a professora Luana Cássia Miranda Ribeiro era a paraninfa da turma de 49 enfermeiros formandos. Uma cena comum na universidade, não fosse por um detalhe: exatamente dez anos antes, Luana era uma das estudantes concluindo o curso e recebendo o diploma no mesmo local, em solenidade presidida pelo mesmo reitor. “Foi como revisitar um filme em minha vida. Em 2020 fui presenteada em estar no mesmo palco compartilhando o momento com alunos queridos, professores que respeito profundamente e na instituição que tanto me orgulho. Foi muita emoção e só tenho uma palavra para isso: gratidão”.

Nos dez anos que separaram os dois eventos, Luana nunca deixou de ser UFG. Além da graduação, fez especialização, mestrado e doutorado na Universidade. Em 2017, tornou-se professora efetiva da Faculdade de Enfermagem (FEN/UFG) e ocupou o cargo de vice-diretora da unidade entre 2019 e 2021. Licenciou-se para assumir o que ela considera o maior desafio da sua carreira e para o qual, na sua opinião, não teria se credenciado se não fosse a formação na UFG: atualmente ela é secretária executiva da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, atuando diretamente no enfrentamento da pandemia de covid-19.

Em meio à rotina corrida de uma gestora em saúde em tempos de pandemia, a egressa concedeu entrevista à Sempre UFG e em todas as respostas demonstrou o orgulho e a gratidão que sente pela Universidade.


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Fonte: Acervo pessoal

Como foram os seus anos de estudo na UFG?


Fiz graduação entre 2005 e 2009, mestrado entre 2010 e 2012 e doutorado de 2012 a 2016. A graduação mudou todo o rumo da minha vida. Eu fiz tudo. Fui presidente do Centro Acadêmico em quatro gestões, fui a muitos congressos, fui monitora, fiz iniciação científica voluntária e depois também como bolsista, não tive férias. Fui voluntária no Hospital das Clínicas na área de controle de infecção hospitalar, fiz pesquisa e extensão. Eu morava na Universidade. Meu histórico tem praticamente cinco mil horas de graduação, todas as oportunidades que a Universidade Federal de Goiás me ofereceu, eu fiz. Aproveitei muito.

 

Quais foram os reflexos da formação na UFG para a sua vida e carreira?


Eu não consigo dissociar as duas coisas. A formação na UFG foi um diferencial imenso. Passei em um concurso do Conselho Regional de Enfermagem, depois fui colaboradora do Conselho Federal de Enfermagem, depois professora da universidade que tanto me orgulho. Só estou nessa cadeira hoje [na Secretaria Municipal de Saúde], justamente por essa trajetória que a UFG me proporcionou. Todas as oportunidades, as portas que tinham eu aproveitei e isso foi o reflexo que eu tenho em 11 anos de profissional. São 11 anos de carreira com um reconhecimento imenso e só tenho a agradecer a formação na UFG. Pessoalmente, o curso traz um amadurecimento em todos os sentidos. Eu não tenho dúvida de que eu sou uma pessoa muito melhor, posso ajudar muito mais e ter um olhar muito mais empático, por causa dessa formação, dessa história. Era uma Luana antes de entrar na UFG e outra Luana sem nunca sair. Tenho muito orgulho de ser professora da UFG.

 

Você manteve o vínculo com a Universidade pois se tornou professora e vice-diretora da Faculdade onde estudou. Como é essa visão de egressa agora na gestão e na docência?


Meu vínculo com a Universidade é eterno mesmo! Eu acho que eu só mudei de cadeira. Claro que faz diferença, pois a preocupação agora é a necessidade de oportunizar que outras pessoas tenham as oportunidades que eu tive e sintam a mesma importância que a UFG teve na minha vida. Agora trabalho com a oportunidade de mudar a vida de outras pessoas. A universidade tem um papel social muito além do aspecto individual. Tem um papel social no coletivo. Independente da cadeira que esteja, o objetivo é promover oportunidades para as pessoas crescerem pessoal e profissionalmente.


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Fonte: Acervo pessoal

Para você como profissional de saúde, como foi vivenciar o enfrentamento da pandemia de covid-19 na Universidade?


Eu sempre falo que, imediatamente, a gente sendo da saúde, enquanto todo mundo foi para casa, nós fomos para o “front de guerra”. A Universidade assumiu uma posição de destaque e nós fizemos, enquanto Faculdade de Enfermagem, diversos projetos relacionados ao coronavírus. A Universidade fazendo essa linha de frente e encarando a necessidade de saúde, se uniu para ir para esse front e colocar todo nosso potencial para contribuir. Entre tantos projetos, tivemos o UFG Solidária, a Tenda Triagem e o EPI UFG, todos eles na coordenação da FEN.

 

Atualmente, você exerce o cargo de secretária executiva da Secretaria Municipal de Saúde, em um momento de pandemia e crise sanitária. Como tem sido esse trabalho?


Eu tenho certeza que eu só recebi esse convite na Secretaria Municipal de Saúde, sendo o segundo cargo da pasta, justamente pela minha origem. Com certeza é o maior desafio da minha vida. Aqui nós temos uma equipe muito boa para trabalhar em conjunto. Lidamos com todos os temas e áreas da saúde, desde a atenção primária até secundária, perpassando, na pandemia, por questões como plano de vacinação, testagem ampliada e abertura de leitos. É uma secretaria de saúde da 9ª capital do Brasil no meio do pior pico da pandemia. Estamos ligados 24 horas por dia, sete dias por semana, sem hora, sem dia, sem final de semana, o dia inteiro, a noite inteira. Aqui na SMS temos vários projetos conjuntos com a UFG. A gente precisa valorizar esse patrimônio que é a Universidade. É ali que a gente produz ciência, desenvolve ações e a gente precisa aprender a valorizar porque isso muda a nossa sociedade. Eu sou só um dos frutos do potencial da universidade.

 

É egresso da UFG e quer contar a sua história para a gente? Entre em contato: sempreufg@ufg.br.

Fonte: Sempre UFG

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